Encerrado o mês de agosto, verificou-se que o Governo Federal apresentou déficit primário de R$ 90,4 bilhões, superior em R$ 23,8 bilhões à programação ajustada, de déficit de R$ 114,2 bilhões. A programação ajustada refere-se à meta de resultado primário do Governo Federal de R$ 72,6 bilhões, prevista pelo Decreto nº 12.566/2025, deduzida das compensações totais de R$ 41,6 bilhões, relativas às: i) despesas do orçamento de investimento destinadas ao Novo PAC, que equivaleram a R$ 1,8 bilhão; ii) despesas com ressarcimento aos beneficiários do RGPS, de R$ 1,3 bilhão; e iii) despesas com precatórios não computadas para a meta, de R$ 38,5 bilhões. A diferença entre a programação ajustada e o realizado decorreu de déficit primário do Governo Central menor do que o previsto em R$ 23,1 bilhões e déficit primário das Empresas Estatais Federais menor em R$ 0,7 bilhão.

Por sua vez, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios acumularam superávit primário de R$ 29,7 bilhões até julho de 2025. Embora seja apresentado esse acompanhamento, o §1º do art. 2º da LDO 2025 estabelece a projeção de superávit primário de R$ 1,0 bilhão para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios somente para basear o estabelecimento dos limites para contratação de operações de crédito por entes subnacionais e concessão de garantias da União a essas operações, não exigindo, dessa forma, compensação caso houvesse frustração do resultado dos entes subnacionais diante do resultado projetado.